quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Resistindo ao Desânimo - Rick Warren

A maioria de nós se acha auto-suficiente. Quando surge uma crise, fazemos o que for necessário, trabalhamos com o problema e vamos em frente. O que acontece, porém, quando fazemos tudo o que sabemos fazer e a crise permanece? Geralmente adotamos o lema: "Quando tudo o mais falha, ore!" Mas que acontece quando até mesmo nossas orações ficam sem resposta?
Se você está desanimado porque Deus está demorando a responder suas orações, compreenda que demora não quer dizer recusa. Só porque a resposta ou o milagre não chegou - ainda! - não significa que Deus não vai responder, que Ele tenha esquecido ou não Se preocupe com você. Significa apenas: "Ainda não!" Maturidade espiritual é conhecer a diferença entre "não" e "ainda não", a diferença entre "recusa" e "demora". A Bíblia diz: "...Aquele que vem virá, e não demorará" (Hebreus 10.37).
A demora pode ser um teste para nossa paciência. Qualquer um pode ser paciente uma vez, até duas. Quase ninguém é paciente uma terceira vez. Assim, Deus pode testar nossa paciência uma vez, mais outra e mais outra, até que achemos que não aguentamos mais ser paciente.
Por que Ele faz isso? Para determinar nosso grau de paciência? Não, Ele já sabe disso. Para revelar-nos o quanto somos pacientes. Assim, podemos descobrir o que está dentro de nós e seremos capazes de compreender nosso grau de compromisso. Deus testa nossa paciência para que possamos saber que Ele é fiel, mesmo quando as respostas que esperamos estão demorando. Se você está desanimado, livre-se dessa emoção negativa, lembrando que Deus lhe ensina paciência em tempos de demora. Peça-Lhe transformar seu desânimo em paciência.
É possível que você esteja atravessando tempos difíceis neste momento e esteja com vontade de fugir ou sumir do planeta. Você está desanimado porque a situação que enfrenta - no trabalho, em casa, nas finanças, com sua saúde - é inadministrável, irracional e até mesmo injusta. Pode parecer insuportável e por dentro você declara: "Deus, eu não posso suportar mais, simplesmente não posso suportar mais!" Mas você pode!
Você pode suportar esta situação por mais tempo, porque Deus está com você. Ele vai capacitar você a seguir em frente, se você estiver disposto a crer e confiar Nele. Lembre-se: você não é um fracasso, até que desista!
Não desista. Resista ao desânimo e termine a carreira que Deus lhe propôs. Como dizem as Escrituras: "Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que Ele prometeu; pois em breve, muito em breve, Aquele que vem virá, e não demorará" (Hebreus 10.36-37).

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Qual o caminho?


Hoje em dia,o exercício do ministério pastoral enfrenta sérios problemas. O principal deles é a concorrência.Foi-se o tempo em que os membros da igreja tinham um só pastor e uma só fidelidade institucional.

As ovelhas contemporâneas são filhas da economia de mercado.Elas escolhem o(a) pastor (a) conforme seu carisma,seu estilo,seu jeito,sua capacidade de entreter,de curar,de fazer prosperar...

Elas também escolhem as igrejas que frequentam, e normalmente frequentam mais de uma,peregrinando por várias igrejas, seguindo as programações que atendam a seus desejos,necessidades ou caprichos. São também, "ovelhas zapeadoras", como quem troca de canal de televisão(ou de estação de rádio),seguindo a programacão religiosa-que é abundante hoje em dia.

Seus pastores e suas pastoras, em muitos casos, apenas figuras da TV, ou do rádio, cuja palavra e cujo ministério acabam sendo mais respeitados do que a palavra e o ministério do pastor de sua própria igreja.

São ovelhas exigentes em seu consumo de bens religiosos - porque frequentar igrejas pequenas se as mega-igrejas nos dão tantos programas e cultos atraentes?

Por que se comprometer com um ministério,ou com a missão da igreja, se podemos nos perder na massa dos ouvintes assistentes de shows-cultos gospel ? (extraído do livro - Uma Igreja Sem Propósitos )

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

“Liquidação! 900 Reais por uma unção financeira!”


Por Bispo José Ildo Swartele de Mello

Fiquei estarrecido ao ver o Silas Malafaia e o Morris Cerullo na TV comercializando uma tal unção de prosperidade financeira ao custo de R$ 900,00. E olha que o programa teve 4 horas de duração totalmente focadas no comércio desta suposta unção financeira. Esta fórmula de se fazer de se fazer dinheiro parece mesmo funcionar, pois o mesmo programa vem sendo reprisado nos últimos sábados. “Ligue já”!
Morris apelou para numerologia para propor a oferta de 900 Reais, dizendo que estamos em 2009, e que 9 representa plenitude, de modo que os que ofertassem 900 receberiam ainda este ano uma prosperidade plena, algo jamais visto, o cumprimento de todas as promessas de Deus. Uma oferta realmente tentadora para justificar um investimento alto! Mesmo assim, não ficou claro porque ele induz o telespectador a contribuir com 900 e não com apenas 9 Reais, visto não estamos no ano de 2900, mas, sim, em 2009! Marqueteiro que nem ele só, Morris Cerullo chegou ao disparate de afirmar que os ofertantes receberiam uma Bíblia de brinde que custava mais de 900 Reais. Esta é a Bíblia mais cara de que já ouvi falar. Pura enganação!
Lutero deve ter se revirado no túmulo, pois o protestantismo surgiu exatamente contra a comercialização do sagrado. Suas 95 teses protestavam contra a abominável prática católica de cobrança para concessão de perdão de pecados. A salvação é de graça e as bênção de Deus são gratuitas: “vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” (Is 55.1).
“De graça recebestes e de graça dai” (Mt 10.8), disse Jesus, que em outra ocasião ficou muito irado com aqueles que praticavam comércio das coisas espirituais, tanto que, com um chicote na mão, expulsou os vendilhões do templo, chamando-os de “ladrões e salteadores”. Jesus estava sempre advertindo seus seguidores a respeito do cuidado que se deve ter contra os mercenários (Jo 10.1,12). O Apóstolo Pedro também advertiu a igreja a respeito dos falsos profetas espertalhões que “movidos por avareza”, procurariam fazer comércio da boa fé do povo de Deus. (2Pe 2.3).
Isto é fruto da maldita teologia da prosperidade que o que produz na verdade é a prosperidade de seus pregadores. O Apóstolo Paulo alerta a Igreja contra os falsos profetas e pastores que ensinam heresias por pura ganância: "Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância." [Tt 1:11].
A teologia da prosperidade é produto desta sociedade de consumo, prometendo conceder através da fé tudo aquilo que as propagandas dizem que uma pessoa precisa ter para ser feliz. Transforma a fé em uma varinha de condão e faz do nome de Jesus, uma espécie de abracadabra ou lâmpada de Aladim para a realização de todos os sonhos despertados pela sociedade de consumo. Diante da grande mentira de que o prazer, o sucesso e o bem-estar físico, econômico e social são o grande alvo da vida e que tudo isto está acessível a todos. Iludido, o freguês busca no consumo a realização imediata deste ideal, mas tem de lidar com a realidade de uma vida de privações, injustiças, lutas e muitos sofrimentos. Frustrado, desamparado e só está o freguês, que se sente fracassado e oprimido pela ditadura do ter. Agora, nem na igreja, encontra ele respostas para a sua dor, mas apenas ainda mais culpa por não ter tido fé suficiente para ter sido bem sucedido na vida profissional ou para ter sido curado de algum mal.
Mas as vítimas deste golpe não são tão inocentes assim, como bem falou o Apóstolo Paulo dizendo que “... os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão” (1Tm 6.4-11).
A espiritualidade cristã não pode ser confundida com prosperidade financeira, nem com sucesso e nem com saúde. Pois, fosse este o caso, não poderíamos considerar nem a Jesus e nem os apóstolos como homens espirituais, visto que eram pobres, ficavam doentes, passaram muitas necessidades, sofreram perseguições, foram presos, desprezados pelo mundo e foram martirizados. Jesus mesmo disse que não tinha onde reclinar a cabeça (Mt 8.20) e não tinha dinheiro sequer para pagar o imposto, tendo que solicitar a Pedro que pescasse um peixe que teria uma moeda dentro de si que serviria para pagar esta divida (Mt 17.24-27), pois sabemos que Jesus, sendo rico se fez pobre (2 Co 8.9). Pedro e João disseram claramente que não possuíam ouro nem prata (At 3.6). Paulo experimentou período de pobreza (Fl 4.11, 2 Co 6.10, Tg 2.5). Comunidades inteiras de cristãos do Novo Testamento eram muito pobres (2 Co 8.2, Rm 15.26, Ap 2.9). A própria Maria, entre todas as mulheres a mais agraciada, não teve um lugar descente para dar a luz ao seu Filho bendito. Todas as portas se fecharam e apenas a porta do curral foi a que se abriu para ela e para José seu esposo. Ela não ficou murmurando e nem ficou rejeitando aquele lugar fétido e incipiente. Ela não ficou ali inconformada reivindicando um lugar condizente a sua condição de bendita entre todas as mulheres. Ela, pelo contrário, aceitou a sua própria cruz, acolheu a bendita graça de padecer por Cristo e não de somente crer nEle (Fl 1.13). Foi naquele curral e naquela manjedoura improvisada de berço que se fez Natal. A noite mais feliz da história humana! Eis aí mais um exemplo do privilégio de participar dos sofrimentos de Cristo e completar o que falta de suas aflições (Co 1:24). Perguntaram a William Booth, fundador do Exército de Salvação, qual era o segredo do seu sucesso, ele respondeu: "Deus teve de mim tudo o que Ele quis". Infelizmente os evangélicos seduzidos pelo consumismo têm feito o contrário: exigem de Deus tudo o que eles querem.
Com isto, não queremos dizer que Deus não possa prosperar ou curar. Dizer que Deus pode não é o mesmo que dizer que ele deva. A teologia da prosperidade nega a soberania de Deus, quando ensina que o uso da expressão “se for da Tua vontade” destrói a oração. Mas Deus tem vontade própria! Nós somos quem devemos nos sujeitar a vontade dele e não ele a nossa. Enquanto a Teologia da Prosperidade ensina a orar exigindo e reivindicando coisas de Deus, a Bíblia ensina que nós não sabemos orar como convém (Rm 8.26), por isso é que a gente, às vezes, pede e não recebe, porque pede mal (Tg 4.3). Portanto devemos orar de acordo com a vontade de Deus assim como orou Jesus no Getsêmani: “Não seja feita a minha vontade, mas a tua (Lc 22.42), pois “esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5:14).
Concluo trazendo à nossa memória o texto de Daniel 3.15 a 18 que mostra que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não eram adeptos da teologia da prosperidade, mas, sim, da teologia da “possibilidade”. Pois eles confessavam crer no poder de Deus para libertá-los das mãos do Rei, mas entendiam que Deus poderia ter outro plano e estavam dispostos a entregarem-se totalmente à vontade de Deus seja ela qual fosse. “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste”.
Portanto, “cuidado com os falsos profetas” (Mt 7.5, 15; 24.11; Mc 13.22; 2Tm 4.1-5)!

Bispo Ildo Mello

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Templo




Esta é a Igreja Sagrada Família, em Barcelona. Uma obra de Antonio Gaudi, arquiteto espanhol, que iniciou esta igreja em 1914 e tem sua previsão de término para 2030.
Cobram-se 15 euros pra visitar.
Muito iluminada, é ponto turístico principal da cidade.
Nunca houve uma missa rezada nesta igreja. E se cobra pra entrar.
É curioso que este templo seja apenas uma referência turística, sem efeito na vida da cidade que tem altos índices de relacionamentos homossexuais, o que é paradoxal para uma cidade que tem sua referencia em uma igreja cristã, que tem por princípios avisar a humanidade que Deus não se agrada do homossexualismo. Isto não é um desagravo ao homossexual, mas uma advertência que para agradar a Deus esta é uma prática que deve ser deixada, abandonada. Isto por amor a Deus.
A igreja é bem iluminada, podendo ser vista à noite com uma beleza indiscutível. Mas ela mesma não tem iluminado o caminho da salvação.
A bíblia nos chama de templo. E como estamos?
Tem culto em nós?
Somos capazes de ser luz para o mundo, como Jesus nos ensinou?
Na conversação fiada das pessoas há uma piada que faz paródia de um dito popular que grita "templo é dinheiro". E vc, o que te move a igreja? Será que é por interesse?
Pense nisto!